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COVID-19: Biomédico explica eficiência e reações das vacinas aplicadas no Brasil

Solução encontrada pela ciência para reduzir os índices de casos e mortes por Covid-19, a vacinação, que vem demonstrando efetividade em diversos países, ainda é alvo de desconfiança para muitas pessoas. O biomédico e docente da graduação em Biomedicina do UNINTA, Prof. Me. Allan Teixeira Silva esclarece pontos importantes sobre o assunto.

Dentre as diversas áreas, a pesquisa e desenvolvimento de vacinas também é uma das possibilidades de atuação do biomédico. O profissional identifica, através de técnicas de bioquímica e biologia molecular, as estruturas presentes no vírus que possuem melhor resposta no corpo humano para direcionar a produção da vacina, além de poder atuar nos processos de qualidade da produção e nas pesquisas, desde os ensaios pré-clínicos, clínicos ou epidemiológicos.

Hoje, o Brasil aplica 4 diferentes imunizantes a fim de conter a doença: as vacinas Pfizer, CoronaVac, AstraZeneca e Janssen, todas com aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Diante dos questionamentos de uma parte da população sobre qual a melhor e se funcionam, o Prof. Allan Teixeira esclarece que existem duas formas de como o corpo pode combater o vírus. O entendimento da questão é essencial para entender também a sua efetividade.

Escolher ainda entre CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer ou Janssen tem sido um problema em diversos locais do país, fazendo autoridades municipais tomarem medidas drásticas, como colocar pessoas que recusaram a vacina de determinados laboratórios no fim da fila. “Quanto ao tipo de tecnologia utilizadas nas vacinas, são diversas, mas os dados disponíveis nos mostram que todas são seguras o suficiente para serem utilizadas e a realidade que temos visto também corrobora com isso, com diminuição dos óbitos e internações”, confirma Allan.

Como as vacinas trabalham no sistema imunológico

“O nosso sistema imunológico é formado por células e proteínas especializadas, que destroem algum microrganismo invasor e inibem sua entrada nas nossas células, como é o caso dos vírus, que precisam estar dentro de uma célula para se reproduzir.”

“Nosso corpo pode combater os vírus de duas formas, a primeira é destruindo células já infectadas pelos vírus, impedindo que eles se reproduzam. Essa linha de defesa é chamada de imunidade celular. A segunda forma é produzindo anticorpos que bloqueiam a entrada dos vírus nas células, chamada de imunidade humoral. Para que isso ocorra, o nosso sistema imune tem que reconhecer essas proteínas presentes nos vírus e elaborar as respostas para contra-atacar, que são as respostas celular e humoral. Só que isso leva um tempo e às vezes a doença progride para gravidade antes da resposta ser bem sucedida.”

Diversos fatores precisam ainda ser considerados para a resposta imunológica, desde a idade, o estado nutricional, as comorbidades e a quantidade inicial de partículas virais com que a pessoa se infectou.

“As vacinas contêm ou o vírus em sua forma enfraquecida, que não consegue causar infecção, ou partes do vírus e, ainda, algumas utilizam um tipo de RNA, chamado RNA mensageiro, contendo informações genéticas do vírus, tudo isso ensina o nosso corpo a se preparar para quando encontrar o vírus. Então, se a pessoa depois de vacinada entrar em contato com o vírus, o seu corpo já estará preparado para responder, fazendo com que a pessoa não tenha sintomas, ou, se tiver, que esses sejam mais brandos que uma infecção em não vacinados, tendo uma boa proteção contra casos graves e óbitos.”

Reações das vacinas

As temidas reações são outra preocupação para quem está prestes a se vacinar. Com o avanço das faixas etárias que já receberam os imunizantes, surgiram os relatos de febre e dor de cabeça, além de outros menos comuns, mas os especialistas alertam que esses efeitos são esperados. É o que fala também o Prof. Allan Teixeira.

“As reações adversas podem existir e sempre existiram em todas as vacinas e medicamentos. As reações mais graves que podem ocorrer com a aplicação são principalmente reações alérgicas, só que isso ocorre em uma quantidade mínima de pessoas. Outras reações incluem febre, dor no corpo ou de cabeça, que são consequências da resposta imunológica da pessoa”, explica o biomédico.

“A vacina simula a presença de uma infecção, mas o corpo responde como tal e são liberadas diversas substâncias que ajudam a combatê-la, inclusive citocinas, um tipo de proteína do sistema imune que ativa mecanismos como febre, além de outras células do sistema imune. Então, esse tipo de reação é sinal que o corpo está respondendo. Alguns não sentem porque o corpo responde de forma mais discreta, já em outros a resposta é mais exacerbada, mas vai de pessoa pra pessoa”, tranquiliza o profissional.

Biomedicina no UNINTA

Carreira em alta no mercado de trabalho, a Biomedicina possui mais de 30 áreas de atuação para o profissional, que pode desde abrir o seu próprio negócio até realizar as mais complexas pesquisas científicas. No UNINTA, os acadêmicos contam com um corpo docente qualificado e laboratórios completos, como os de análises clínicas, microbiologia, uroanálise, parasitologia, bioquímica e bromatologia, solidificam os saberes e habilidades, promovendo contato direto com a prática e a pesquisa. A graduação do UNINTA é a única no Ceará a permitir que o estudante se gradue com duas habilitações profissionais.

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