Tecendo um Diálogo possível no Campo Interdisciplinar
No contexto da globalização, no crescimento acelerado das cidades, torna/se urgente compreender que vivemos numa sociedade caracterizada pela necessidade de nos relacionarmos num contexto cada vez mais multicultural e heterogêneo.
Por um lado, a pressão homogeneizadora e, por outro, a incerteza sobre a própria identidade. Estamos imersos numa sociedade onde a intolerância, a indiferença e a desigualdade social se fazem cada vez mais presente. Dessa forma faz/ se necessário investir no diálogo intercultural e na diversidade cultural, haja vista, que as nossas relações sociais estão interligadas por uma via de dimensão plural e diversificada.
Para tanto, preservar a identidade cultural e fomentar o diálogo intercultural nos permite de forma mútua e autônoma uma reflexão das nossas identidades (UNESCO).
Registro dos trabalhos feito pelos alunos da graduação a distância do Centro Universitário INTA-UNINTA para a disciplina de Seminário Interdisciplinar 2018.1
Algumas reflexões que orientaram os alunos como fazer o Seminário Interdisciplinar
Como é a cultura da sua cidade? Existem os artesãos que trabalham com a cerâmica, com as pinturas visuais, com as artes plásticas? E o teatro existe pessoas que participam de grupos teatrais? E os artistas de rua, que desenvolvem a arte pelo centro da cidade? E os grupos de dança, as quadrilhas, os reisados, os poetas, os violeiros, os cordelistas, as rendeiras, as rezadeiras? E os patrimônios históricos, museus, casa de cultura, as igrejas, o que esses patrimônios representam para a cidade e para quem visita à cidade? Enfim, existe comunidades de quilombolas, índios e ciganos que vivem próximo da sua cidade? Então, saiba que tudo isso é cultura para tanto é preciso manter um diálogo intercultural e conhecer o que faz parte da nossa história, do nosso cotidiano e da nossa cidade. Saiba que contar histórias da nossa cultura nos transforma enquanto um ser social reconhecendo a si mesmo e respeitando a cultura do outro.
Artesanato
Messias relata sobre o amor e o prazer que sente no processo de fabricação de suas peças, pois o mesmo ressalta sobre o amor que devemos ter, quando queremos produzir um trabalho de qualidade. Gosta muito quando o púbico faz visualização das suas peças e entendem a mensagem que ele transmiti através de suas peças.


A arte surgiu através do pai, ainda na sua infância, Messias tinha curiosidade de conhecer a fundo o trabalho de seu pai. Daí então começou a fabricação de peças. A primeira peça que o mesmo fabricou foi uma canoa, com inspiração do próprio pai, pois os dois tinha uma relação de muito afeto e respeito um pelo outro.
Já se apresentou em outras cidade como Meruoca, Sobral e inclusive em cidades turística como Jericoacoara onde tive uma aceitação muito grande dos meus produtos, ficou muito feliz com a receptividade que essas pessoas de outras cidades manifestaram muito carinho, pelos produtos e por ele.

Cultura

Cultura popular se caracteriza como elementos culturais pertencentes a uma sociedade ou região, na qual a população pratica constantemente e de forma ativa, através de diferentes manifestações como dança, teatro, arte, literatura, folclore, gastronomia, música, etc.
A banda lápis de cor surgiu a partir da ideia de divulgar e melhorar essa questão da poética infantil. É um projeto que já vinha sendo pensado há dois anos e que só deu início no ano passado. É uma mistura de teatro, música, brincadeiras e poesia.

Grupo Acauã da Serra: Sua dança e história

Sua fundação em 1 de maio de 1986,com 32 anos, o Acauã da Serra utiliza a dança para expressar as peculiaridades do Brasil, em especial da região Nordeste do País, contemplando seus costumes e manifestações culturais.
O Grupo de Tradições Populares Acauã da Serra, oriundo da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), criou recentemente um espaço destinado à preservação de seus adornos, imagens e demais elementos que o compõe. Instalado no prédio que hoje está à disposição da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), em Campina Grande, o Memorial Acauã da Serra ,foi inaugurado na terça-feira (10 de novembro de 2015), com entrada franca.

História e Cultura de Canabrava do Norte – MT

A Folia de Reis tem como intenção reproduzir e relembrar a viagem dos Magos à Belém quando foram encontrar o Menino Jesus.
Geralmente os foliões partem no Natal e retornam no dia dos Reis. O horário mais tradicional da saída da Folia é a meia noite em virtude de ter sido o momento em que os Três Reis Magos teriam recebido o tão misterioso aviso.
Usualmente a folia é organizada em consequência de uma promessa e, para cumpri-la, a folia tem que sair por sete anos. Para compor uma folia precisamos de cantores, músicos e dançarinos. Temos também o mestre, o contramestre e os alferes que também são chamados de alferes da bandeira, ou bandeirista, ou bandeireiro. Não se pode esquecer dos palhaços, que são a representação dos que tentaram atrapalhar a chegada dos Magos até Jesus.

Artesanato de Carqueijo Mucambo – CE

O distrito de Carqueijo, antes só habitado por índios tupinambás, deu guarida aos africanos e europeus. A mistura das três raças deu origem a uma gente de índole pacífica muito admirada por seus valores cristãos.


Helena Bezerra de Araújo
Entrevistamos a Sra. Helena Bezerra de Araújo que é Autora do Cordel “No Sertão Antigamente”, ela também é Graduada em Pedagogia, professora aposentada da Secretaria de Educação do Estado do Rio Grande Do Norte, é também Apologista, Poetisa e admiradora da cultura popular Nordestina.

No Sertão Antigamente
Antigamente no Sitio
Era gostoso viver
Com relação ao respeito
Fazia gosto se ver
Dar licença pra passar
Rezar antes de comer
A noite cada família
Fazia uma devoção
Rezava um rosário bento
Ajoelhado no chão
Muitos meninos dormiam
Sem terminar a oração
Era uma pura riqueza
Quando no sertão chovia
Fartura em abundancia
Toda casa se enchia
De frutos e cereais
Dinheiro não existia
no romper da alvorada
Ninguém ficava deitado
Cada qual tomava rumo
Esperto ou atordoado
Uns a procura de algo
E outros rumo ao roçado
Expedientes tão longos
Sem direito a intervalo
O lombo abria em feridas
Mao estourava de calo
Homem mulher e meninos
Iam todos no embalo
O povo era adaptado
A trabalha sem lazer
Preguiça não existia
E poucos sabiam ler
O único objetivo
Trabalhar para comer
A saúde transbordava
Da criança ao ancião
Estresse não existia
Ninguém subia pressão
Depois dos noventa anos
Transportava-se o caixão
Quando o inverno faltava
Gente sofria de mais
Não existia emergência
Nem projetos sociais
O alimento faltava
Ate para os animais
Agua não tinha em torneira
Muito distante ficava
A mulher sempre era o cristo
Que no lombo transportava
Era em pote ou cabaça
Quando caia quebrava
Não existia energia
Pois a iluminação
Era feita a lamparina
Candeeiro ou lampião
Movido a querosene
Pra quem tinha condição
Quem era pobre demais
O azeite fabricava
Extraído da mamona
Que muito trabalho dava
E um pavio ensopado
A casa iluminava
La os meios de transporte
Eram sempre os animais
Que transportavam pessoas
E outros materiais
De construção e consumo
Eles sofriam demais
Tinham maior influencia
No ramo de agricultura
Puxavam muitos arados
Cortavam terra tão dura
Além de puxar engenho
Para fazer rapadura
Mulheres que habitavam
Aquela zona rural
Lutavam diariamente
Tudo era manual
Eram dispostas e sadias
Não conheciam hospital
Tinham múltiplas funções
As mulheres que viviam
Labutando pela vida
Demasiadas sofriam
Hoje são feitos por maquinas
O que antes elas faziam
Café e sal existiam
Brutalmente no mercado
Café tinha que torrar
Era um processo danado
Tano o café como o sal
Eram no pilão pilado
O dom da inteligência
As mulheres exploravam
Roupas sabão e remédios
Elas mesmas fabricavam
Tinham um filho todo ano
E na roça trabalhavam
Os homens eram heróis
Naquela vida tão dura
Tiravam todo o sustento
Do ramo da agricultura
Nunca faltava na mesa
Feijão fava e rapadura
Famílias multiplicavam se
Era grande a produção
Cada casal produzia
Sem haver limitação
E assim obedeciam
As lições de Abraão
A natureza era mãe
De toda sobrevivência
Era fonte inesgotável
Que dava toda a assistência
Por isso que aquele povo
Tinha tanta resistência

Danças Norte Rio-Grandenses
Diante de tantas danças existentes no Rio Grande do Norte, chegamos ao nosso objetivo principal do trabalho. Falar sobre a quadrilha Juventude Nordestina da cidade Olho D’água do Borges/RN.
A Cia. Junina Juventude Nordestina, iniciou seus trabalhos no ano de 2008, através de um sonho, e movidos pela perseverança e muita vontade, combustíveis esses que deram origem a quadrilha.

Artistas Meruoca-CE

Francisco Edson Lúcio Soares, conhecido como Edsin, tem 47 anos, é natural de Meruoca – Ceará. É artista plástico, e faz gravuras em telas, caricaturas e esculturas. Descobriu a arte aos 14 anos de idade quando pintou o primeiro quadro. Sua fonte de inspiração para suas obras de arte é o realismo.
Edsin, como é conhecido na cidade, já pintou mais de três mil telas, ao longo de sua vida, já expôs suas obras em São Paulo, Camocim, em Sobral e no Dragão do Mar, em Fortaleza, por diversas vezes. Já tem trabalhos divulgados até no exterior. Apesar de já ter um trabalho consolidado, o artista atualmente, se sente desvalorizado e desmotivado. A arte está esquecida pela maioria das pessoas, que hoje só valorizam a tecnologia, e esquecem que a arte é sentimento, é emoção, que não se consegue em um simples toque no celular.


Francisco Delfino da Costa, conhecido como Sr. Chico Delfino, tem 84 anos, é natural de Meruoca – Ceará. É poeta, cantor, radialista e historiador. De origem humilde, com pouca instrução, mas de sabedoria grandiosa, é um profundo conhecedor da história da cidade de Meruoca.
Em uma conversa descontraída, recitava poemas e cantava, entre uma conversa e outra. Nasceu com a poesia no coração. Quando criança, pegava um papel e um lápis e pedia que as pessoas escrevessem o nome dele para que ele aprendesse a ler e a escrever. O primeiro livro que ganhou para aprender a ler foi uma bíblia. Fez seu primeiro poema aos dezessete anos. Escreve poemas sobre Ecologia, Agricultura, Política e Religião.

Artista popular Itapajeense Francisco Sérgio Magalhães

Francisco Sérgio Magalhães Pinto, nasceu em Itapajé – CE, no dia 8 de abril de 1979. É filho de um pequeno comerciante, Domingos Dutra Pinto e de uma dona de casa, Sílvia Maria Magalhães Pinto. É ator, arte-educador, poeta cordelista e xilogravurista.
O artista popular, cordelista Sérgio Magalhães Pinto, fundador do grupo Pajé Arte, teve publicado seu primeiro livro infantil pela editora IMEPH.
Intitulado “O Presente da Fada”, o livro traz como personagem principal o menino Léo, um cadeirante que sofre por se sentir diferente das outras crianças e por não ter amigos.

Artesanato de Piaçabuçu

O artesanato com as escama de peixe é uma das melhores formas de se fazer benefícios para as artesãs locais, como fonte de renda. Esse tipo de artesanato está muito presente nos tempos modernos.
A escama é um produto fácil de conseguir, orgânico e muito versátil. Porém, trabalhar com escama exige uma certa paciência e habilidade, dá trabalho, mas com ela podemos produzir certos produtos de venda, como: acessórios, brincos, pulseiras, chaveiros, arranjos, luminárias, flores e entre outros. Alguns peixes são utilizados, já que suas escamas são bem resistente, como: Tainha, Camurupim, encontrados nas águas do mar. E o mais difícil de se utilizar, Jereba.
Crochê é uma espécie de artesanato feito a mão. Sua técnica semelhante à do tricô manual, porém é realizado com uma única agulha com um gancho na extremidade, como a agulha de crochê tradicional. Existem diversos números de agulha para executar um trabalho em crochê, elas se distinguem de acordo com a largura do fio utilizado.


O bordado é uma forma de criar, a mão ou a máquina, desenhos, figuras ou frases, para isso, utilizam-se vários tipos de ferramentas, tais como agulhas, fios de seda, de lã, de algodão, de metal, de linho etc., de maneira que os fios usados formem o desenho desejado.
O bordado o qual é bastante conhecida na região piaçabuçuense, podendo assim usar, para bordar roupas, toalhas de banho, toalhas de mesa, panos de prato, entre outras coisas.
Em Piaçabuçu há diferentes características ambientais, o que faz com que a pesca também mude de característica dependendo basicamente dois tipos de pesca: a empresarial/ industrial e a artesanal. Na nossa região temos uma grande diversidade de espécies e pouca abundância por oportunidade artesanal.
Os barcos também são meio de artesanato, pois os próprios pescadores, usam sua criatividade para fazer seus próprios barcos, por meio de necessidades, como profissão em si ou por reatualização da pesca e da madeira que é utilizada, e é assim que essas pessoas obtém seus meios de renda.

Povos Indígenas
Atualmente, a maioria das comunidades indígenas tem um contato muito próximo com a “civilização”, por esse motivo está se tornando mais difícil manter os costumes dos índios e ensinar a sua língua junto com outras matérias. Apesar das escolas indígenas assegurarem um currículo diferenciado, os indígenas estão em constante contato com a língua oficial do país, o que dificulta a preservar da sua língua materna (tupi-guarani).
O processo educacional atual visa manter um equilíbrio, para que a língua oficial do país não seja imposta, mas também haja espaço para o ensino da língua indígena. No entanto, o nosso movimento vem trabalhando para manter as nossas raízes culturais e principalmente a nossa língua materna.





Companhia Forquilhense de Teatro Vivarte
No dia 06 de janeiro de 2016 em uma roda de conversa na rua Monsenhor Domingos, situada no bairro Edmundo Rodrigues, alguns jovens, na ocasião falando sobre artes decidiram fundar uma agremiação que se dedicasse a cultura teatral na cidade de Forquilha.
Dessa forma surgiu a Companhia Forquilhense de teatro vivarte.


Este projeto visa consolidar o desenvolvimento do teatro e de seu espetáculo. Conta com a participação voluntária dos seus integrantes valorizando a arte de sua cidade.
Esse grupo não tem recursos próprios devido a isso passam por dificuldades, mas eles não se abalam, pois a vontade e o amor a arte prevalece.
A arte da Capoeira na Identidade Cultural
Associação Beriba de Capoeira Fundada pelo mestre Arrepio em 2011, na cidade de Tianguá, está localizada na comunidade do Bairro Tianguazinho a dois anos, tendo como instrutor de ensino da capoeira o vice presidente Petrônio Neto de Lima, conhecido como “Netim”, mas também como Calango Azul. O grupo atualmente conta com 40 participantes entre crianças e adolescentes, e tende a aumentar, pois o mesmo já teve que mudar de lugar para praticar as aulas por conta do espaço que estava pequeno.



Lendas, Ritos e Contos

Festa dos negros de São Benedito é uma dança antiga de cativeiro, que representa a libertação dos negros escravos.
Diz a lenda que o cruzeiro foi doado pelo Senhor Dede Amorim da cidade Umarizal, após ter comprado um terreno na cidade de Caraúbas. Segundo os moradores da cidade, o cruzeiro tinha uma espécie de “mal assombro” após varias tentativas de fixar ele no chão, a cruz caia. Decidiram benzer e acorrentar a cruz, onde conseguiram exoto.


Senhor Raimundo José da Silva, conhecido popularmente por Lôlô Garapa. Nascido no rancho do povo, antiga Gavião, no dia 27 de janeiro de 1950.Em 2014 o mesmo recebeu o titulo de cidadão Umarizalense.
Ficha Técnica
Ensaio Fotográfico: Interdisciplinaridade: Desafios à produção e à aplicação do conhecimento
Autores: Alunos de Língua Portuguesa e Metodologia da Pesquisa Científica
Curadoria: Prof. Me. Regina Raick – Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA
Organização:
- Prof. João José Saraiva da Fonseca
- Profª Liana Lopes Liberato
- Profª Priscila de Azevedo Portela
- Antonio Diego Dantas Cavalcante
Realização
- ANDRÉA COSTA
- ANTONIA CAROLINE
- ADELIANE VIANA DA SILVA
- ANA CARLA DE PAIVA
- ANA SARA DE SOUSA SILVA
- ANDERSON MORAIS DO NASCIMENTO
- ARIANA DA SILVA DELMIRO
- ARIEL MEDEIROS PAIVA
- ATILA CRISTIAN DE PAIVA
- AYSLENE LAYSE
- BENEDITA PEREIRA
- CARLA HÉRICA
- CICERAPALOMA
- CLEYDIANE
- CLÁUDIA
- CARLOS LUIS ARAUJO CUNHA
- CARLOS PEREIRA DA SILVA
- DANIELA ELOISE
- DEUSIANE AGUIAR PORTELA PONTE
- DIANA SILVA SANTIAGO
- FARBAM BATISTA DE VASCONCELOS
- JAIRON ALVES MOREIRA
- JAÍDA MARIA
- JESSICA MYLENA BEZERRA
- JOCILANA PAULINO DO NASCIMENTO
- KELME PAIVA DA SILVA
- KÁTIA LUIZE
- LINDALVA MARIA
- LUCIENE BATISTA DA CONCEIÇÃO ZAGO
- MANOEL LINDOBERTO ALVES DA SILVA
- MARIA AUXILIADORA
- MARIA JEOVANIRA MATOS RODRIGUES
- MARIA JOSÉ
- MARIA LARA ABRANTE DE OLIVEIRA
- MARIA REGINA ISMAR DE SALES
- PALOMA GOMES
- PATRÍCIA SOUSA
- RENATA DE MARIA LAURIANO
- ROBERTA GUIMARÃES
- ROSILENE PONTE DE MELO
- SÂMIA GOMES
- THIAGO MATHEUS BRUNET BARBOSA
- VIVIANE
- VANESSA SANTOS
- VILMA CAMILA
- WALKLECIO ARAUJO ALBUQUERQUE
- YASMIN FURCHELLE NERIS DE OLIVEIRA XAVIER